Direção: Zachary Edward Snyder
Roteiro: Alex TSE e David Bryan Hayter
Elenco: Jackie Earle Haley, Billy Crudup, Patrick Wilson, Malin Akerman, Matthew Goode, Jeffrey Dean Morgan, Carla Gugino, Stephen McHattie, Laura Mennell, Rob LaBelle, Robert Wisden.
Da minha lista de filmes de super heróis que mais gostei, Watchmen certamente está no primeiro lugar, ultrapassando até mesmo o excelente X-Men de Bryan Singer. O que me faz admirar tais filmes é o fato de que há sempre uma contextualização humana por trás dos motivos dos personagens; no caso de X-Men, a discriminação e o preconceito; em Watchmen, o medo da morte. Não a morte em si, mas o devanescer do ser-humano diante da juventude das gerações presentes, que acabam excluindo de forma naturalmente cruel as gerações passadas. Além disso, Watchmen também aborda a imagem do herói com seu caráter falho e humano, mostrando-o com todas as suas perversões e fraquezas, não como a imagem cristalizada do heróis que geralmente temos.
Em Watchmen, a história se passa em um mundo no qual os EUA venceram a Guerra do Vietnã e Richard Nixon manteve-se presidente. Nesse cenário, os super-heróis, em um passado próximo, fizeram parte do dia-a-dia da sociedade americana através dos Vigilantes, um grupo homens e mulheres fantasiados que combatia o crime. Entretanto, com a Guerra Fria e o medo de uma possível catástrofe nuclear entre, os antigos Vigilantes começam a ser mortos, o que os leva a novamente se unirem para descobrir a verdade sobre esses homicídios.
O filme passa, então, a beneficiar-se de sua estrutura narrativa e insere em suas cenas diversas imagens que chegam a tirar o fôlego, usando de forma eficiente o clima noir da trama, além de apresentar uma trilha sonora que por si só já vale o filme.
Zack Snyder, que também dirigiu filmes gráficos como 300 e Sucker Punch - Mundo Surreal, dá a Watchman um apelo visual forte, carregando a película com cenas de encher os olhos, o que nos dá a impressão de que cada take foi cuidadosamente desenhado e pintado à mão. De fato, em diversos momentos temos a vontade de pausar o filme e fazer um pôster com a cena que está aparecendo na tela. No mínimo, Watchman é um colírio para os olhos dos cinéfilos e fãs de quadrinhos.
Contando com personagens tridimensionalmente humanizados em seu contexto narrativo, talvez o único deslize desta obra seja, por certas vezes, esquecer que eles não são heróis com super poderes, o que faz com que estranhemos algumas cenas onde vemos pessoas darem saltos gigantescos, reagirem de maneira ultra-veloz ou mesmo contorcerem-se de forma não-humana enquanto lutam contra seus adversários. E é justamente o fato de enxergá-los como pessoas é que nos faz solidarizarmos e compreendermos atitudes como a de diversos personagens da trama, citando como exemplo o controverso Comediante e meu favorito, Rorschach.
Com uma trilha sonora que, por si só já valeria o preço do ingresso, o filme também é recheado de diálogos memoráveis e inteligentes, frases que valem a pena pausar o vídeo para refletir sobre elas por alguns segundos.
Assim, concluo que Watchman é mais do que um filme para ver. É um filme para ter e ver sempre, estando, em minha opinião, dentre uma das melhores obras cinematográficas de 2009.
Demais primo, é um dos melhores filmes que vi até hoje. Na minha opinião, ele "humaniza" os heróis, deixando-os mais próximos de todos os habitantes.
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