Ficha técnica dos dois filmes:
Happy Feet: O Pinguim (Happy Feet, 2006)
País: Austrália / Estados Unidos
Direção: George Miller. Roteiro: Warren Coleman, John Collee, George Miller e Judy Morris. Distribuidora: Warner Bros.
Elenco: Vozes na versão original de: Elijah Wood, Brittany Murphy, Hugh Jackman, Nicole Kidman, Hugo Weaving, Robin Williams,
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Happy Feet 2: O Pinguim (Happy Feet Two, 2011)
País: Austrália
Diretor e produtor: George Miller
Roteiro: George Miller, Warren Coleman, Gary Eck, Paul Livingston
Distribuidora: Warner Bros.
Elenco: Vozes na versão original de: Elijah Wood, Robin Williams, Hank Azaria, Pink, Brad Pitt, Matt Damon, Sofía Vergara, Common, Hugo Weaving, Magda Szubanski
Quando Happy Feet estreou nos cinemas, em 2006, confesso que fui arrebatado do cinema para um mundo alegre, cheio de música, mas ao mesmo tempo gelado, deserto e sombrio.
Apresentado para o público na mesma época do excelente e inovador documentário/filme A Marcha dos Pinguins, Happy Feet conta a história de Mano, um pingüim que vai de encontro com os outros de sua espécie por ser o único do bando que não tem o dom de cantar, demonstrando sua habilidade no ato de sapatear (explicando o título do filme: Happy Feet, pés felizes).
Como acontece em nosso mundo, Mano acaba sofrendo preconceito e exclusão social pelo fato de sua diferente característica, já que o bando tem na cantoria um papel importante para o acasalamento e perpetuação da espécie.
Seguindo a forma utilizada pelos antigos clássicos dos estúdios Disney em narrar parte das suas tramas como belíssimas sequências musicais, Happy Feet se demonstra eficiente nesse sentido já que a música é primordial para empurrar a narrativa, estabelecendo de forma inteligente uma discussão velada a respeito de nossa tendência a sempre discriminar o diferente. Entretanto, diferentemente da grande maioria dos longa metragens produzidos pela Disney, Happy Feet, a partir do terceiro ato, adquire um tom sombrio e claustrofóbico, situação que posso considerar, de certa forma, inadequada para as criancinhas que querem assistir desenhos com tramas mais leves e felizes. É nessa parte que a animação cede parte de seu espaço a personagens humanos, de carne e osso, aproveitando também para estabelecer uma discussão ecológica acerca nos malefícios na atividade humana nos rumos do planeta. Enfim, um filme com um quê a mais do que o simples fato de contar uma estória.
Entretanto, em Happy Feet 2, sua sequência de 2011, o diretor George Miller não conseguiu sair do mediano, apresentando-nos um filme facilmente esquecível, apesar de demonstrar claro o esforço em criar uma obra bem feita.
Apesar de a canção Bridge of Light, interpretada pela cantora Pitty (que substituiu Brithany Murphy devido à sua prematura morte em 2010) ser magnificamente apresentada (tanto vocalmente quanto visualmente), as demais músicas aparentam não ser tão importantes para a narrativa, servindo apenas para seguir a lógica musical do filme anterior.
Além disso, aqui, Mano é apresentado exatamente como a antítese da figura que ele era no filme de 2006, mostrando-se um sujeito pedante que serve apenas para barrar todas as atitudes e decisões tomadas por seu filho.
Os novos personagens aqui apresentados também falham no sentido de tomarem atitudes que apenas parecem servir para prolongar a narrativa e criar tensão, como a parte em que Brian, um enorme elefante marinho promete algo para, pouco depois, desfazer a promessa, mudando de uma hora pra outra sua personalidade, mostrando-se alguém sem caráter, até ser convencido pela cantoria do pequeno Erik, em uma das passagens mais constrangedoras e irritantes do filme. Ou a aparição de um certo pingüim voador, Sven, que em certo ponto, demonstra não ter utilidade alguma para a narrativa, quase sendo descartado por esta. Ou mesmo Will e Bill, dois pequenos crustáceos que, além de não serem engraçados (aparentemente algum dos roteiristas os acharam extremamente espirituosos), poderiam ser excluídos da história sem que fizessem nenhuma falta.
Em resumo, Happy Feet 2, por sua característica episódica e desisnteressante, além de repetitiva (há apenas um único desafio a ser resolvido em todo o filme: libertar os pingüins de um obstáculo natural formado devido ao movimento das gigantescas placas de gelo), acaba se tornando um filme facilmente esquecível, muito aquém do primeiro. Por ter esperado um intervalo de cinco anos de distância do primeiro, Happy Feet 2 poderia ter sido realizado de forma mais cuidadosa.
Pôxa, depois desse seu comentário sobre Happy Feet 2, nem vou assistir mais!! Gostei mto do Happy Feet - O filme e pelo jeito hj vou assistir O Gato De Botas...rss...Abraços!!
ResponderExcluirFábio Almeida
acho que vc esta meio equivocado,mesmo sendo uma coisa um pouco batida, ainda pode se notar que o filme nos leva a refletir sobre a necessidade que de união e, que ainda mesmo sendo de raças diferentes podemos realizar o objetivo de salvar um ao outro,pois,é na dificuldade é que realmente vemos o carater das pessoas,mesom que mudando repentinamente,fui...
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